Há vaga para rainha de bateria no Rio. Pelo menos na Mocidade Independente de Padre Miguel o posto ainda não tem uma titular após a saída de Giovana Angélica, que reinou à frente dos ritmistas por três anos. Tudo levava a crer que Fabiola de Andrade, mulher do bicheiro Rogério Andrade, sentaria nesse trono, mas ela decidiu abrir mão do cargo por questões internas da agremiação.
Com isso, cresce o coro dos integrantes pedindo por uma rainha que tenha a ver com a história da escola e sua quadra. E o nome de Mayara do Nascimento, que já foi, inclusive eleita a musa da comunidade, com faixa e tudo, é o mais falado em Padre Miguel e nas redes sociais.
Aos 31 anos, Mayara, que é fisiculturista, bate ponto nos ensaios, e na ausência de Giovana Angélica, que só frequentava a quadra na reta final do carnaval já que mora em Nova Iorque, se tornou uma espécie de dublê de rainha. Ao anunciar sua saída, Giovana disse que procurou a direção da Mocidade e não obteve retorno.
“Não posso ficar esperando a resposta que não vem. Pelo que eu vejo, estou fora. Espero que a escola esteja decidindo, sim, com muito carinho, de repente uma nova rainha para vocês. Vivi momentos especiais na Mocidade. Não tem nada que me faça esquecer”, desabafou ela, num vídeo postado em seu perfil no Instagram, se despedindo do cargo, visivelmente chateada.
Não é para menos. Além de ser cria de Bangu, o marido de Giovana ajudou a escola em muitos momentos de apuro. “Dava os tênis da bateria, comprou dois geradores para a escola, fez reforma, cuidava até da ala das baianas e escola mirim. Colocou muito dinheiro para a mulher dele ser rainha”, conta uma pessoa ligada a verde e branca.
Sem o “patrocínio” da ex-rainha, agora a escola precisa encontrar alguma beldade disposta a fazer o mesmo. E o sonho de ter Mayara no posto pode ficar distante para sua torcida.
“Para ter uma rainha da comunidade no cargo a escola tem que gastar dinheiro. É um dos postos mais visados do carnaval. Uma fantasia sai, no barato, R$ 15 mil para cada ensaio, imagina no dia do desfile, já que é uma escola grande, com muita visibilidade. Não dá para bancar isso e ganhar carnaval ao mesmo tempo. Mayara só entra se realmente ninguém quiser pagar para entrar”, conta um integrante.
Até o nome de Gracyanne Barbosa, que só vai desfilar em São Paulo, até agora, foi ventilado mais uma vez: “O problema é que ninguém quer mais show do Belo na quadra como pagamento. Tem que abrir a carteira”.
Procurada, a escola diz que não há nomes para o cargo ainda: “A escola segue sem rainha e se pronunciará em breve sobre o caso”.
Fonte: Extra