Conforme anunciado em Além Paraíba, entramos em” lockdown”. O município entrou na onda roxa por determinação do Programa Minas Consciente. Sabemos que estamos vivendo uma segunda onda onde os números são maiores que a primeira e continuam crescendo. Realmente o primeiro sentimento é o de defender a vida e, enquanto a vacina não chega para a necessária imunidade de rebanho, a solução é o isolamento. Mas existem aí, duas ameaças. Primeiro precisamos defender a vida, mas também, precisamos defender a economia.
No ano passado, o governo federal mandou dinheiro para municípios e estados, pagou auxílio emergencial para dezenas de milhões de brasileiros, pagou parte de salários de funcionários de empresas, emprestou dinheiro às empresas e muitas outras ações. Neste ano, isso não será possível mais, apenas um menor auxílio emergencial vai acontecer. Então no ano passado portas foram arriadas, mas o governo federal pagou parte da conta. E agora? Quem paga? É por isso que em cidades maiores, como Juiz de Fora e, ontem, em muitas capitais, foram feitos muitos movimentos contra os “lockdowns”. Os empresários não suportam essa situação de não faturar (com as portas arriadas) e arcar com folha, impostos e demais custos. O governo estadual mandou fechar o comércio mas ele não abre mão de o empresário pagar o ICMS, por exemplo. Alguém disse que as empresas não precisam pagar esses 7 dias parados? Não! A empresa tem que pagar.
Não é ao ar livre e dentro de nossos pequenos comércios em Além Paraíba, tão bem defendidos com os protocolos exigidos, que ocorre a disseminação do vírus. Ela ocorre, apenas citando um exemplo, em ambientes fechados, nas aglomerações festivas e sem uso de máscaras que tanto temos notícias.
O vírus nos atacou, e não temos que atacar o comércio. O que tem que ser atacado é a falta de conscientização.
Rogerio Lobo